M025.Mais uma vez assisto a chuva que chega macia, lava o asfalto da rua, rega as pastagens e molha o corpo da terra nua. A chuva se espalha sem perguntar se a propriedade regada é de rico ou de pobre, pública ou particular. E faz brotar no gramado tanto as flores quanto as ervas daninhas. E faz crescer, na lavoura, o milho semeado e o mato, ao seu lado. A chuva mansa me ensina que o sim e o não, a sombra e a luz é o nosso olhar que faz. Inventamos os contrários e este é nosso jeito de ver. Mas o que existe mesmo, sem divisão, é o ser!
M025.Mais uma vez
assisto a chuva
que chega macia,
lava o asfalto da rua,
rega as pastagens
e molha o corpo
da terra nua.
A chuva se espalha
sem perguntar
se a propriedade regada
é de rico ou de pobre,
pública ou particular.
E faz brotar no gramado
tanto as flores
quanto as ervas daninhas.
E faz crescer, na lavoura,
o milho semeado
e o mato, ao seu lado.
A chuva mansa me ensina
que o sim e o não,
a sombra e a luz
é o nosso olhar que faz.
Inventamos os contrários
e este é nosso jeito de ver.
Mas o que existe mesmo,
sem divisão, é o ser!